sexta-feira, 8 de julho de 2011

Olimpíada

 

Mesmo dando tudo errado aparentemente
Eu não consigo parar de insistir.
De desejar ir. Ir além...
Não consigo me render
É difícil demonstrar sentimento de fraqueza, quando dentro de mim grita a vontade de lutar.
Me lançar mais uma vez, e outra, e mais outra...
Nunca me render!
Que zere o placar novamente.
Eu preciso e quero continuar.
Não é uma corrida de obstáculos.
É minha vida!
Obstáculos são contornados, quando não podem ser enfrentados.
Ou, ultrapassados, quando em um último suspiro consigo saltar por cima dele.
Tudo é uma corrida de resistência.
Quem tem, uma maior resistência não desiste, não se entrega.
Cansa, chora, sofre, mas, mesmo assim insiste...
Abro os olhos e dou de cara com um teto branco, que chega a ofuscar de tão branco.
Apenas claro...
Sem estrelas, sem sol, sem lua.
Sempre a mesma cor, branca e pálida. Meu teto, meu quarto.
Não é uma rotina cotidiana.
É abrir a "retina" para mais um dia.
É hora de entender: Estou acordada, se abri os olhos é porque estou VIVA.
Pisco os olhos pensando se levanto para mais uma corrida de resistência.
Geralmente olho o cardápio do dia,
para saber qual "humor" eu devo usar.
Cômico? Triste? Tolerante? Arrogante?
Seja o que Deus quiser!
O importante é decidir levantar.
Quero ainda seguir essa "rotina" de abrir a "retina".
Ver meu teto branco vários anos ainda...
Sem essa rotina, não existiria minha corrida.
Corrida que não começa quando abro a retina.
Isso quem decide é Deus.
Minha parte na corrida começa quando decido se levanto ou não da cama.
Essa é a decisão. Minha escolha!
Bom dia companheiros de corrida!
Boa sorte!
Priiiii!!!!
Ouvi o apito.
É hora de começar a corrida.

Fernanda Negreiros
       08/07/11
          09:47

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